segunda-feira, 23 de maio de 2011

A arte do grafite enfeita centro cultural de Japeri

Alunos do Centro Cultural Municipal Luiz Eduardo Maron de Magalhães, em Japeri, estão utilizando as técnicas da grafitagem nas paredes do Centro Cultural. A ideia surgiu como uma forma de homenagear os artistas locais, retratar pinturas famosas e divulgar os pontos turísticos da cidade. O trabalho começou na sexta-feira (20/05). A iniciativa é da prefeitura, através da secretaria municipal de Educação e Cultura (Semec).
“O local está em passando por obras de manutenção. Aproveitamos para aplicar a arte do grafite. O trabalho desses alunos, da primeira turma, ficará marcado nas paredes do Centro Cultural”, explicou a secretária de Educação e Cultura, Míriam de Paz.
A primeira ampliação foi do quadro Abaporu, da pintora brasileira Tarcila do Amaral. A pintura ficou próxima da sala de administração e da biblioteca da unidade. Já a parede do pátio coberto do Centro Cultural está ganhando uma imagem do Pico da Coragem, um dos mais belos pontos turísticos do município, local de encontro dos amantes do vôo livre e do parapente.
“Estamos muito agradecidos ao prefeito Timor e a secretária Míriam de Paz pelo incentivo ao centro cultural. O objetivo desta oficina é trabalhar a cidadania dos alunos, usando arte ao invés de destruição do patrimônio público através da pixação. Em breve vamos levar esta arte para enfeitar a biblioteca de Japeri e quem sabe, mais tarde, as escolas municipais”, destaca a diretora de cultura da SEMEC, Daniela Beliago.
Para o professor da oficina, Anderson Costa, o grafite é muito mais que um trabalho de educação e conscientização, podendo também gerar renda. As aulas são divididas em teórica e prática, onde os alunos aprendem deste os tipos de equipamentos e materiais, até o desenho em diferentes superfícies, como paredes, roupas e objetos. “Depois deste curso os alunos terão condições de trabalhar com tunagem (caracterização de veículos), pintura em capacetes e até com placas e painéis para publicidade”, completa Anderson.
Delci Emília da Silva colocou o filho Jean, de 14 anos, na oficina de grafite para incentivar seu talento para o desenho. O adolescente também trouxe o amigo Lucas para fazer o curso. “Para mim grafite é uma profissão. Jean sempre teve dom artístico, por isso incentivo. Já temos vários trabalhos dele em casa”, diz Delci, orgulhosa.
“Já fiz grafite no meu violão e em algumas blusas. Quero aprender mais para vender meu serviço e também para ensinar outros alunos”, completa Lucas, de 14 anos, aluno da Escola Municipal Célia Sobreira junto com Jean.
A oficina de grafite faz parte do programa “Bom de Ver Cultura em Japeri”, da Semec. Através do programa também são oferecidas aulas gratuitas de jazz, violão, coral, libras (linguagem dos sinais), braile (escrita para cegos), inglês e desenho mangá. As aulas, que começaram em março deste ano, têm duração de 3 a 10 meses. As inscrições são realizadas no início de cada ano.
Maria Rosina Brito dos Santos, de 56 anos, mostra que para aprender não tem idade. “O Centro Cultural é como se fosse a minha casa. Já fiz libras, braile, violão e agora grafite. Trabalho com artesanato há 35 anos e pretendo ensinar a técnica do grafite para os meus netos, que são loucos por desenho”, disse Maria, aluna de Educação de Jovens e Adultos da Escola Municipal Aparício Torelli.

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